quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

RELATO dos Leitores: por Gustavo

Eu tenho isso há um tempo, falo abertamente sobre, minha família se arrepia quando conto. Comigo também sinto que algo errado está acontecendo e lá estou eu sem poder me movimentar, apenas levemente e com um grande esforço.

Mas venho melhorando, eu consigo sair deste estado em questão de segundos, apenas desejando que tudo aquilo acabe e também penso muito que estou gritando algo como "me deixe em paz", dai estou acordado normal.

Quando estou neste estado eu escuto os sons de uma forma diferente, não sei se com vocês é igual. Por exemplo, um ventilador no meu quarto, eu escuto o motor como se fosse em câmera lenta, e quando vou acordando este som vai acelerando até se tornar o som do ventilador funcionando normalmente.

Minhas experiências são diversas, pois tenho isso já faz uns 4 anos e acontece com frequência:


Na primeira vez, me desesperei de tal maneira e, ao acelerar minha respiração, percebi que o pulmão também não respondia conforme eu precisava, nenhum músculo! Era o meu corpo sem resposta alguma, acordei como se tivesse sido um mero pesadelo e com dores no peito de forçar a respiração e não poder.

Mas dias depois, o mesmo pesadelo, então me parecia àqueles pesadelos que se repetem, mas que nada significam, mas desta vez já conseguia me mover de leve.

Foi quando comentei com minha mãe e ela me disse que eu podia sair do meu corpo enquanto dormia, achei aquilo uma baboseira, mas os episódios continuaram a acontecer.

Como foram muitos, não consigo relatar todos, mas os principais:

Na madrugada de ontem (23/12/2009), acordei "pero no mucho", sabia da situação e resolvi me revoltar querendo que aquilo acabe apenas em pensamento sem movimentos mas daí percebi duas coisas assustadoras, uma foi que senti meus olhos fazendo aquela movimentação rápida (REM), senti uma pequena cócega nos cílios e pálpebras e foi quando percebi esta movimentação dos olhos APESAR de eu estar olhando para o teto fixamente!!

A outra coisa foi que sentia algum tipo de sombra com pontas (não sei se eram dedos) aparecendo em meu lado esquerdo bem perto do meu rosto, mesmo minha cama sendo bem rente a parede, e junto com uma espécie de chiado agudo, tipo vento de filme de terror mesmo, é até engraçado contar, foi quando decidi que aquilo parasse, mas quando acordei parecia muito coisa de minha própria imaginação.


Já tive uma sensação muito boa uma vez, eu estava a trabalho em Brasília, tinha me hospedado no hotel Mercury, e acordei em meio à madrugada vendo uma luz lilás refletindo na pia do banheiro, que ficava ao lado direito do quarto, porém a luz refletida vinha da sala do apartamento que não dava para ver do quarto, e pensei automaticamente: "ah só pode ser algum espírito pois apaguei todas as luzes!!" a luz se movia pelo ar na sala, pelo reflexo que se movimentava.

Quando veio em direção ao quarto, e eu pude ver, meu rosto fez uma espécie de sorriso, no limite de contração muscular do rosto, e a luz que tinha o tamanho de uma maça, veio pelo quarto suavemente, a luz radiava um calor muito bom, como num dia de frio e tomamos um banho quente, passou por cima de mim e vinham sons de crianças brincando e gargalhando algo muito agradável, não senti medo algum!!! Muito pelo contrário queria mais. Acordei, eram 5 e pouco da manhã, e isso foi ainda neste ano, em fevereiro.


Mas nem tudo é um mar de rosas, ainda em Brasília, lembro ter acordado, conseguia ver tudo, pois tinha deixado a luz acesa, não consegui me mexer, não me desesperei, pois tenho uma certa curiosidade de explorar este estado, porém ouvi chiados longos, mas podia ser a TV em "câmera lenta" ou não!!

Outro detalhe é que minha cabeça latejava como dor de cabeça comum, porém a dor aumentava, é nestas horas que eu desejo que acabe, e tudo vai voltando ao normal aos poucos e eu abro os olhos. Não me perguntem como é enxergar tudo e, de repente, ter que abrir os olhos para enxergar novamente (após acordar). É como se no sonho você conseguisse ver tudo o que está na frente dos olhos.


É isso ai pessoal, se alguém tiver experiência parecida compartilhe!!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

RELATO dos Leitores: por Shermilla

Aconteceu hoje: cheguei de uma viagem bem cedo e estava cansada. Como iria ao médico às 10h30m da manhã, resolvi tirar um cochilo, pois havia acordado às 5h da manhã para viajar. Entrei no quarto da minha irmã, e sei lá porque tive a sensação de que algo estava estranho. Deitei. Coloquei o despertador para as 9he30m.

Daí a pouco, do nada, tenho um sonho, mesmo sentindo que eu não estava dormindo, onde eu dava ré no carro e que ele iria bater num muro de pedra... mas esse sonho tava meio real... daí a pouco, já não era mais no sonho, porém dormindo, vi todo o quarto em que eu estava. Já não estava dormindo, nem acordada, mas via tudo, e tudo começou a aparecer em forma de estilhaços de vidro, e eu forçava para abrir os olhos enquanto pensava "ah, não, de novo isso?" (porque já fazia um tempo que não tinha, meses), e via a almofada que tinha ente as pernas e tudo que estava na minha frente como se fosse vidros triangulares e então eu comecei a querer abrir o olho, mas ele tava pesado, eu fiquei agoniada, olhei pra cima, tentava mexer a cabeça, foi quando tive a sensação de ter alguém atrás de mim (eu estava deitada de lado) e foi quando ouvi nitidamente, no meu ouvido, não dentro da cabeça como acontece em sonho, uma voz masculina, grave, dizer "acorda", aí eu fiquei doida, fiz de tudo pra acordar, forcei, forcei, até que acordei.

Detalhe: nenhuma sensação de sono... eu acho que não dormi... eu sinto que não dormi, pois me senti consciente o tempo todo.

Enfim, este foi um dos básicos, pois há muito tempo parei de anotar, pois quanto mais anotava, mais eu sentia e ficavam mais intensos.

Detalhe, meu gato de estimação dormia na cama comigo, e assim que eu ouvi a voz e acordei, sem fazer muita movimentação, ele também acordou e ficou grunhindo, olhou pra o canto de onde vinha a voz e deitou lá.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

RELATO dos Leitores: por Amanda

Olá!

Algo muito semelhante aconteceu comigo, mais de uma vez. Mas uma dessas vezes foi realmente assustador.

Fui me deitar e senti algo me empurrando, não conseguia mexer nenhum músculo do meu corpo e nem abrir os olhos nem a boca, só conseguia gritar pra dentro fazendo um esforço tremendo, suava frio de medo. Ouvi minha irmã me chamando, ouvi ela subindo as escadas, depois ouvi a voz dela atrás de mim falando como se estivesse brincando, nanananan...

Quando fiz um esforço pra olhar pra trás na janela, algo me puxou de volta como se tivesse me segurando, quando consegui me mexer estava suada e ofegante, desci e perguntei pra minha irmã se ela havia me chamado, e ela disse q não...

Bom... Não sei explicar mas é muito estranho...

sábado, 22 de agosto de 2009

RELATO 05: LITORAL NORTE – PRESO NO DESCONHECIDO

Sexta à noite, dia de ir para a praia. Entrei em um rateio de aluguel de uma casa de praia com um grupo de pessoas, e claro, já quis ir no primeiro final de semana. Fomos eu e um amigo. Nós não fazíamos a menor idéia de onde era a casa, bom, nós sabíamos o nome da praia e tínhamos como referência uma padaria, fora isso era no “chute” mesmo.

Depois de algumas voltas, de momentos perdidos, finalmente encontramos a casa. Era quase meia noite, tudo muito escuro, e nós não conhecíamos ninguém que estava na casa. O jeito era bater na porta, se apresentar, pegar as malas, e arruma um quarto para dormir.

Todos ainda estavam acordados, pois afinal, estávamos na praia. A casa era um sobrado, quatro quartos, dois banheiros, sala ampla, piscina e uma churrasqueira improvisada. Bem legal! Tinha sobrado apenas um quarto disponível, o menorzinho é claro. Era uma cama de casal e o colchão não era lá essas coisas, mas para casa de praia estava ótimo. Peguei outro colchão de solteiro, coloquei no chão do quarto, onde mais tarde iria dormir e lá aconteceria a tão famosa sensação de “acordar, mas nem tanto”.

Eu e meu amigo fomos dar uma volta na cidade, comer alguma coisa e pouco antes das duas da manha já estávamos nos preparando para dormir. Queríamos levantar cedo para surfar, bem, no meu caso seria tentar, pois minha experiência de apenas uma vez não era das melhores e já sabia que não tinha a menor vocação para o surfe.

A casa já era escura, muito escura, e quando apagadas todas as luzes pouco se enxergava devido às frestas da janela que permitiam a entrada da luminosidade do tímido poste que iluminava a rua. Deitei no colchão no chão, com os pés virados para a porta, mas desta vez não tive nenhum pressentimento, nada, estava tudo normal, aparentemente.

Como de costume, não se passaram nem quinze minutos e lá estava eu, preso mais uma vez. Fiz força para acordar, mas em vão. Tentei relaxar, pois aprendi com a prática que essa é umas das formas de sair da paralisa do sono mais fácil, mas eu estava tenso, acho que era por estar em um ambiente desconhecido. Não consegui relaxar, e teimei fazendo força na tentativa de acordar.

Naquele momento, pensei em gritar por ajuda, mas lembrei que meu amigo desconhecia dessa minha situação, e ele poderia ficar assustado, apavorado ou sei lá que tido de reação mais ele poderia ter. Então, após decidido em não gritar por ajuda, forcei para abrir os olhos, dessa vez parecia mais difícil, mais pesado, e quando finalmente consegui abrir, por pouco que fosse, só enxergava os tons cinzas da escuridão e os moveis rústicos do quarto.

Até então, o pavor estava de certa forma sobre controle. Mas tinha que piorar. Comecei a ouvir vozes, pensei em ser alguém da casa, isso me deixou um pouco mais tranqüilo, mas as vozes estavam tremulas e eu não entendia nada – acho que já conhecia esse tipo de som, e para mim era mais zumbido do que conversas. Quando abri os olhos novamente, percebi a presença de um vulto em volta de meu amigo, eu simplesmente congelei de medo.

Eu estava deitado no chão e o interruptor estava em minha frente, ao lado da porta, tudo o que queria era levantar e acender a luz. Foi como nas sensações anteriores, fiz força e num pulo levantei e apertei o interruptor, mas minha mão passou batida e a luz continuava apagada. Eu estava de pé, ao lado da porta, tentei abri-la, outra tentativa sem sucesso. Tive a impressão que conseguiria passar pela porta, parece legal, mas quando acontece é apavorante e não tive coragem de tentar. Continuei de pé, suando frio, e sem querer olhar para trás, pois ainda tinha a imagem do vulto em minha cabeça.

Não tive escolha, o jeito era pedir ajuda. Comecei a gritar por socorro e como num piscar de olhos, me encontrava em meu corpo fazendo aquele grito mais parecido com gemido de socorro. Ouvi a voz de meu amigo me chamando, perguntando se estava tudo bem, e isso me fez me acalmar. Logo despertei.


Quando a sensação acontece em um lugar desconhecido, o medo é ainda maior. Mas não adianta se preparar, o jeito é dormir e encarar.